quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O país está de rastos

Vou falar um pouco aqui, não de Angola ou Benguela, mas sim de Portugal.
Será?

Qualquer dia nem a roupa do corpo

Aqui tão longe, no início, tinha sempre a tendência para ligar a Tv de manhã e ouvir as notícias de lá. Sinceramente, tenho deixado de o fazer. Deixa-me deprimido e sem ânimo para enfrentar o dia. Ou se fala de empresas a falir ou do numero de desempregados a aumentar ou de mais cortes a quem já não tem condições de dar mais ou do numero crescente de pessoas que não conseguem trabalho ou, também, dos carros novos do governo, das regalias a que têm direito, etc. No email, sou inundado diariamente com emails de protesto aos novos cortes, com a falta de transparência dos políticos, com as queixas da falta de dinheiro que já é tão pouco e que continua a ser gasto pelo governo em negócios duvidosos. Que esperança podemos nós ter para um futuro melhor? Para dar um futuro condigno aos nossos filhos? Que vamos ter trabalho e que vamos poder pagar os nossos tetos, que é algo a que qualquer ser humano tem direito?

A passividade é lixada

Um amigo colocou no Facebook, uma foto comparativa do que se passa em Portugal e na Grécia e, na brincadeira ou não, fala do maior defeito do povo Português. A passividade e a apatia. Vai haver uma manifestação dia 15 de Setembro aí em Portugal e, queria daqui, já que não posso aí estar, tentar incentivar os meus leitores e amigos a participar. Não me entendam mal, não quero de maneira nenhuma incentivar à rebelião, muito menos a actos irrefletidos de violência ou distúrbios mas, o povo tem de perceber, que se não está bem, tem de fazer alguma coisa para se poder mudar o rumo das coisas. Já dizia Martin L. King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”. Faz parte da cura o desejo de ser curado caros amigos e, se pensarmos que nada adianta irmos protestar, nada adianta, mais ainda, reclamar no café ou em casa com os amigos.
Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.”
Madre Teresa de Calcutá
Quem puder, compareça

É óbvio que ela não se referia à política mas, acho que se aplica. Muitas gotas, fazem um rio e se os rios se juntarem formam o mar.
Digam não à apatia. Os dirigentes têm de sentir que o povo tem o poder de os tirar de lá e temos de força-los a arranjar meios de melhorar a economia do país. Não se conseguirá isso de certeza retirando o poder de compra às pessoas. Se temos o dever de ir votar, também o temos quando chega a altura de dizer, basta.
Desculpem-me o desabafo, mas se aqui estou, porque será?

Um abraço

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