Informação útil



Como se chamavam antigamente

Já agora, a titulo informativo, deixo aqui um pequeno quadro para avivar a memória aos cotas e para educar tanto os novos do que era como os velhos do que passou a ser. Os nomes que se davam às terras  e capitais de província no tempo do colonialismo e o nome que agora têm, reflectem um pouco também o orgulho do seu povo e a vontade de criarem a sua própria identidade. Os mais velhos, que se habituem a chamar as terras pelos nomes delas e os mais novos, como o saber não ocupa lugar, fazem bem em conhecer os nomes que as terras tinham antigamente e ficarem a saber um pouco da história rica que o País tem.
Já lá vão os tempos em que o Senhor Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, fugiu à Pide Portuguesa no barco Zaire, agora exposto na Restinga do Lobito (não o censuro que eu próprio fugi de avião da trupe de mentecaptos que governa Portugal) mas, como informação nunca é demais, aqui fica então um mapa das províncias e os respetivos nomes das diferentes capitais e de algumas cidades mais.

Província
Nome Colonial
Nome atual



Huambo
Vila Teixeira da Silva
Bailundo
Benguela
São Filipe de Benguela
Benguela
Malanje
Duque de Bragança
Calandula
Bié
Vila General Machado
Camacupa
Huambo
Nova Lisboa
Huambo
Benguela
Vila Mariano Machado
Ganda
Huambo
Vila Robert Williams
Caála
Bié
Vila General Machado
Camacupa
Huíla
Sá da Bandeira
Lubango
Moxico
Vila de Aljustrel
Cangamba
Zaire
Vila de Ambrisete
N’Zeto
Lunda Norte
Vila Paiva de Andrada
Nzagi
Namibe
Vila Arriaga
Bibala
Benguela
Vila Asseiceira
Catumbela
Moxico
Vila do Buçaco
Camanongue
Kwanza Sul
Vila Gabela
Amboim
Moxico
Vila Gago Coutinho
Lumbala-Nguimbo
Huíla
Vila João de Almeida
Chibia
Bié
Vila Neves Ferreira
Cuemba
Malanje
Forte Republica
Massango
Cunene
Forte Roçadas
Xangongo
Cunene
Vila de Santa Clara
Ombadja
Zaire
Santo Antonio do Zaire
Soyo
Luanda
São Paulo da Assunção
Luanda
Moxico
Vila Teixeira de Sousa
Luau
Malanje
Verissímo Sarmento
Camissombo
Huambo
Vila Flor
Ekunha
Kwanza Sul
Vila Nova do Seles
Uku
Provincia
Nome Colonial
Nome atual



Lunda Sul
Vila Nova Chaves
Muconda
Malanje
Vila Nova Gaia
Cabundi-Catembo
Bié
Vila de Nova Sintra
Catabola
Huíla
Vila da Ponte
Kuvango
Kwanza Norte
Quilombo dos Dembos
Gonguembo
Moxico
Vila Luso
Luena
Zaire
São Salvador do Congo
M’Banza Congo
Kuando Kubango
Serpa Pinto
Menongue
Namibe
Moçâmedes
Namibe
Kwanza Norte
Vila Salazar
Ndalatando
Lunda Sul
Henrique de Carvalho
Saurimo
Kwanza Sul
Novo Redondo
Sumbe
Bié
Silva Porto
Kuito
Cunene
Vila Pereira d’Eça
Ondjiva
Namibe
Porto Alexandre
Tômbua
Uíge
Carmona
Uíge
Kuanza Sul
Sela **
Waco Kungo
Bengo
Vila Oledo
Caxito
Cabinda
Cabinda
Tchiowa *
Lunda Norte
Portugália
Dundo
*É conhecida por este nome, mas persiste Cabinda
** Também conhecida por Vila Santa Comba Dão
De certeza que haverá muitas mais mas, para já estas foram as que consegui apurar. Se souberem de mais algumas, escrevam que terei todo o gosto em publicar aqui. Mas admitam, os nomes agora são muito mais originais e Africanos…

Abraço





Quero aqui, deixar uma palavra de apreço e parabéns ao povo Angolano. A demonstração de civismo, de sentido de dever cívico e empenho em participar no futuro do seu país, que presenciei aqui em Benguela e pela televisão, foi algo que, deve orgulhar o povo Angolano e os seus dirigentes. Uma baixa taxa de abstenção, a forma correcta em como o povo foi às urnas, a forma correcta em como todos aceitaram o resultado. Devo salientar até, que uma boa parte da abstenção que se deu, deve-se, em parte, ao deslocamento do povo com mais necessidades para outras cidades, impedindo-os assim de exercer o direito de voto por incapacidade de deslocação às cidades de origem nesse dia. Apreciei o fair-play entre os dirigentes dos vários partidos e é de admirar e congratular, a participação maciça do povo nas eleições. Não falo apenas, atenção, de uma faixa etária e social. A adesão abrangeu todos os estratos sociais e económicos e foi, desta maneira, uma lição, não só para todos os países Africanos, como também para nós Portugueses que, quer por descrédito, quer por falta de esperança deixamos em grande parte as decisões importantes para o país nas mãos de alguns apenas. Saliento a maneira ordeira e correta em como o processo foi feito, ainda mais, tratando-se de um povo que vai a votos pela 3ª vez apenas desde 75.


Parabéns Angola, parabéns Angolanos.



Aqui irei tentar aos poucos, dar um conselho ou outro para quem pensa fazer o mesmo. Desde como fazer, o que levar, cuidados a ter, precauções a tomar, etc.


A roupa. Enganem-se aqueles que pensam: vou para África só levo roupa fresca. Nesta altura precisamente, chega a fazer algum frio de manhã e à noite. Tempo do cacimbo, dizem eles. O que é certo é que apesar de nunca fazer um frio por aí além, é importante levar alguns agasalhos. Além disso será sempre bom levar mangas compridas especialmente à noite, por causa dos mosquitos. Lembrem-se, não se criam anticorpos para a malária. O resto fica muito ao nosso critério. Dependendo da zona para onde se vai (nuns locais faz mais calor que noutros), convém roupa prática, especialmente na viagem e calçado fresco e confortável.
De resto lá também chove. Mas ao que me contam, quando isso acontece, não há chapéu de chuva que nos valha. Mais vale ficar debaixo de um telhado até passar.

Medicamentos: Para já fazer o que tive de fazer: ir à consulta do viajante. Da minha parte fui ao Inst. Medicina Tropical na Rua da Junqueira em Lisboa (por trás da antiga FIL). A consulta tem de ser marcada (21 365 26 30) e convém que seja com alguma antecedência. Tive de tomar as vacinas obrigatórias (febre amarela e febre tifóide) que são dadas lá, e depois ainda tomei Hepatite A e B, Tetano e sarampo (se já as tiver claro, não toma). De resto eles dão uns conselhos porreiros e receitam um antibiótico para infecções, Imodium para a barriguinha, etc. Além disso ainda levo, analgésicos, comprimidos para gripe, anti inflamatórios e repelente de insectos às carradas. Quem vai pela primeira vez, parece que tem de fazer disso religião e não sair de casa sem se cobrir de repelente (cuidado com malária e paludismo). Já agora um mosquiteiro para pôr por cima da cama é aconselhável, especialmente em tempos de chuva. Não é que estas coisas não existam lá, mas, são muito mais caras.
Além de tudo isto, se puder trazer os produtos de higiene pessoal, também é aconselhavel. Lá está, há lá tudo mas, muito mais caro (atenção ao peso de bagagem no avião, 30Kg).

Convém ter um bom seguro de saúde, para as eventualidades.

OLÁ PESSOAL


Pois é, e não é que apanhei Paludismo. Nada de alarmante, apesar de estar associado ao nome Malária. O que não se deve fazer, é sentir os sintomas de uma gripe normal e tomar o anti gripe normal e o chá de limão e pensar que amanhã já estou fino. Pelo sim pelo não em caso de sentir sintomas de gripe, em locais como Angola, não custa nada ir fazer o rastreio que é simples e tratar o bicharoco (se o resultado for positivo) com um anti malárico (por exemplo: o Coartem). Passados 3 dias voltamos ao normal e ganhamos mais umas defesas.
Atenção que não se fica imunizado. Mas o corpo vai ganhando as suas defesas. Convém contudo, porque as nossas defesas vão bem abaixo, tomar um antibiotico para proteger, principalmente o figado, (Amoxicillin, por exemplo) e tomar umas vitaminas uma vez por dia. E não esqueçer, o mais importante, beber muita água para que o organismo limpe bem os bicharocos mortos pelo anti malárico.
Eu, já me estriei.
Deixo aqui uma cópia de um artigo da Net a título informativo.
Abraços

Paludismo (malária)


O paludismo (malária) é uma infeção dos glóbulos vermelhos causada pelo Plasmódio, um organismo unicelular.
O paludismo transmite-se através da picada do mosquito Anófeles fêmea infectado, por uma transfusão de sangue contaminado ou então por uma injecção dada com uma agulha previamente utilizada numa pessoa infectada. Existem quatro espécies de parasitas (Plasmodium vivax, Plasmodium ovale, Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae) que podem infectar os humanos e causar paludismo.
Os medicamentos e os inseticidas têm feito com que o paludismo seja muito raro nos países mais desenvolvidos, mas a infeção continua a ser muito frequente nos países tropicais.
O ciclo de vida do parasita começa quando um mosquito fêmea pica um indivíduo infectado. O mosquito aspira sangue que contém parasitas do paludismo, os quais chegam às suas glândulas salivares. Quando o mosquito pica outra pessoa, injeta parasitas com a sua saliva. Uma vez dentro da pessoa, os parasitas depositam-se no fígado, onde se multiplicam. Amadurecem no decurso de 2 a 4 semanas e depois abandonam o fígado e invadem os glóbulos vermelhos. Os parasitas multiplicam-se dentro dos glóbulos vermelhos, o que finalmente faz com que eles rebentem.
Plasmodium vivax e Plasmodium ovale podem permanecer nas células do fígado enquanto vão, periodicamente, libertando parasitas maduros para a corrente sanguínea, provocando ataques com os sintomas do paludismo. Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae não permanecem no fígado. Contudo, se a infeção não for tratada ou receber um terapêutica inadequada, a forma madura do Plasmodium falciparum pode persistir na corrente sanguínea durante meses e a forma madura do Plasmodium malariae durante anos, provocando ataques repetidos com os sintomas do paludismo.
Sintomas e complicações
Os sintomas costumam começar entre 10 e 35 dias depois de um mosquito ter injetado o parasita na pessoa. Em geral, os primeiros sintomas são febre ligeira e intermitente, dor de cabeça e dor muscular, calafrios juntamente com uma sensação de doença (mal-estar geral). Às vezes os sintomas começam com arrepios e tremores seguidos de febre, os quais duram entre 2 e 3 dias; confundem-se frequentemente com a sintomatologia da gripe. Os sintomas subsequentes e os padrões que a doença segue variam para cada tipo de paludismo.



ÁGUA
Bem precioso, não é. E aqui damos um valor bem diferente à expressão.

O que é certo é que, apesar de já haver um avanço bastante grande em termos de qualidade, a agua da companhia aqui ainda não é segura o suficiente para nós emigrantes que, com os nossos estomagos flor de estufa, depressa, estou convencido adoeceriamos se a bebessemos. Os locais bebem e não se passa nada mas, foram criados desde pequenos com ela. Já criaram as defesas necessárias.
Ou isso, ou então tudo não passa de uma enorme cabala para obrigar a malta a comprar água engarrafada. É que a água aqui é cara. Uma garrafa de 1,5L em Benguela num supermercado custa acima de 1 Euro. Ora isto a contrastar com o Gasóleo que custa cerca de 0,33 Euros. Pois é. Mas preferia que em Portugal aumentassem o preço da água e baixassem o do gasóleo para preços assim. Que acham. Aqui o problema não é ter vontade de ir passear (enchi o deposito com 23 Euros) o problema é se nos dá muita cede na viagem. Aqui temos todas, Caramulo, Fonte da Fraga Pura, etc.
Quero continuar a pensar na hipotese da cabala. Talvez um dia mude e o preço da água baixe drásticamente. E já agora, para lavar os dentes, nada como ferver uma panela dela no dia anterior. Isto faz-me lembrar a cabala dos aeroportos. O verdadeiro negocio dos aeroportos não está nas viagens mas sim nas sandes de atum que lá se vendem com preços que não lembra a ninguém.

Abraço

4 comentários:

  1. Com um bocadinho de jeito a picadela do malvado mosquito pode ter ocorrido pouco tempo após a chegada a Angola. Grande Chatice.
    Acho que o repelente de insectos ainda deve estar intacto, mas não pode ser, é para se pôr no corpinho, sabia menino Paulo?
    Eu e o Shô João desejamos-lhe Rápidas Melhoras. Bjs.

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    1. Irra que é azar!!! As melhoras e cuida-te! Um abraço, Manuel barreto & cia

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  2. Que falta de sorte amigo, e apesar de teres levado tantas vacinas. É da maneira que ficas já imune a essa no futuro, lol.
    Grande abraço.

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  3. Eu já estava a achar estranho ainda não teres apanhado ao que nós ai chamavamos paludismo, e quando se vem daí quando cá chegamos o corpo também recente das diferenças de clima, mas como és rijo, vais ultrapassar. Rápidas melhoras. beij da tia e um abraço do tio carlos.

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