segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um passeio ao Sumbe (Novo Redondo)



Este Domingo tive possibilidade de ir passear novamente. Desta vez decidiu-se ir até às Quedas da Gabela (ou da Binga, acho que lhes chamam das duas maneiras).
O trajeto é cerca de 256Km para cada lado e apesar de a estrada ser estreita (tratando-se do principal acesso a Luanda, podiam ter feito bem melhor) o caminho faz-se bem.
Comecei por parar no Lobito para ver os bandos de Flamingos cor-de-rosa que param lá. Bonito de se ver. Depois, seguindo viagem, chegamos ao cruzamento Huambo/Luanda e seguimos para Luanda. Passamos por Culango, pela entrada do Egito-Praia (fica prometido visita na próxima oportunidade), parámos em Casa Branca para desentorpecer e beber um sumo de Goiaba muito fixe e depressa chegámos a Canjala. A paisagem, desde que se sai do Lobito começa logo a alterar e a partir deste ponto, os cursos de água são inúmeros e as pontes por onde passamos oferecem sempre um espetáculo natural muito bonito. Seguindo viagem, passamos ainda por terriolas como Eval Guerra, Farol do Kicombo, no Restaurante Eclipse no Quicombo (onde me cobraram 200Kz por um café deslavado) e finalmente chegamos ao Sumbe.


A Sé Catedral no Sumbe
O rio Keve

Aqui entrámos um pouco na cidade e fomos ver as praias e a sé. Existem por aqui à beira mar vários restaurantes para se almoçar com ótimo aspeto, vale a pena vir ao Sumbe dar uma volta. Retomámos o nosso destino e passámos por Bezengulo, Cassonga e Quilunda até chegarmos à Cachoeira. Ainda fomos mais à frente na direção da Gabela e, imagine-se, ainda entrámos no Zaire. Aldeia do Zaire, claro.
A praia no Sumbe


As quedas são espetaculares
As quedas de água são realmente um espectáculo lindíssimo oferecido pela natureza, e nesta altura, devido às chuvas, o caudal estava forte e a beleza é ainda maior. Acabámos a comer um churrasco no restaurante da cachoeira que apesar de ter um ambiente engraçado nos deu uns franguitos que tinham mais osso que carne. Mas estavam saborosos.
À vinda para cá ainda deu para parar e apreciar a flora. Inúmeros imbundeiros, uns cactos altíssimos que me fazem lembrar o faroeste e uns outros que apresentam uma flor vermelha nesta época do ano e que parecem candelabros. O passeio foi muito fixe e apesar de a companhia ter sido ótima, adorava poder vir mostrar tudo isto às minhas miúdas. Um beijinho saudoso para elas…

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Passeio a Lubango (Sá da Bandeira)



Aldeia da roupa branca

No passado domingo, na companhia de bons amigos, resolvemos ir ao Lubango. Acordamos todos bem cedo e fizemos-nos à estrada pelas cinco da manhã. Quando se vai para um passeio assim, não há hipótese, ou se sai cedo ou então o melhor é ficar em casa. Mas teve as suas benesses, vi o nascer do sol no horizonte, conseguimos ir parando regularmente sempre que aparecia alguma paisagem mais interessante (e havia muitas), e principalmente a viagem correu sem incidentes.
As espatodias
Nas cascatas de Tundavala
No caminho passamos por terras, vilas e rios que valeram bem a pena parar para ver e fotografar. O itinerário foi mais ou menos assim: a primeira localidade a surgir foi o Catengue onde alimentámos a esperança de beber o café matinal, mas quando lá chegámos estava ainda fechado. Continuámos então e passámos a vila de Chongoroi onde ainda parámos para fotografar o Rio Cutembo com as suas lavadeiras a lavar a roupa no rio (estilo Aldeia da roupa branca). Avançámos para o Município de Quilengues e ai sim, depois de uma breve paragem pelo rio Calunga que ao que dizem tem bastantes jacarés, encontrámos o bem-dito café. Aqui fiz mais uma “amiga”, uma velhinha simpática e com o rosto marcado por uma vida de sacrifício que teimava em falar comigo em umbundo e que, na hora da despedida me deu um sorriso sincero e verdadeiro que não esquecerei tão cedo.
Cristo rei no Lubango
Na Serra da Leba
Cascata Tundavala
Gafanhoto bem giro
Lá prosseguimos, passámos por Vitivivali, depois Cacula, Hoque e por fim chegámos a Desvio e ao mercado de rua que lá existe. Belo local para comprar tudo o que é legumes, fruta e carvão (ao que dizem a zona é muito boa para o carvão e compra-se uma saca por uns 500KZ enquanto que em Benguela anda pelos 1000KZ ou 1200KZ). A oferta no mercado é enorme: cana de açúcar, lussaque, cenoura, cebola, repolho, batata, mandioca, alho, goiaba (vejam o separador Cores, Cheiros e Sabores). Aqui, vi pela primeira vez, as mulheres da tribo Mumuila (vejam o separador Gentes e Costumes). Uma delas, mui simpaticamente e depois de lhe pedir a devida autorização, deixou-me fotografá-la (por 200KZ, claro!).
Lodge Pululuka
Igreja no Lubango
Saímos dali e entrámos mais à frente no Município do Lubango. Passámos o Topo e chegámos à cidade. Fiquei encantado com Lubango. A cidade é muito bonita, limpa (tirando o pó) e tal como Benguela que tem acácias com flores vermelhas, Lubango está cheio de uma árvore chamada Espatodia que dá uma flor alaranjada e que dá à cidade um look muito giro. A cidade tem avenidas incríveis, é ladeada por montanhas altas onde ao longe se pode ver o Cristo-rei (construído em 1932, senão me engano foi o primeiro). Conheci também um professor que dá aulas numa universidade no Lubango e encontrámo-nos com ele lá no Cristo-rei (a vista sobre a cidade é incrível). Depois de uma conversa bastante instrutiva sobre a cidade de Lubango, ainda nos fez a gentileza de nos mostrar o Lodge Pululuka que, meus amigos, é um espetáculo. O meu abraço a este novo amigo, foi um prazer conhecê-lo.

Dali ainda visitámos Tundavala e umas magníficas cascatas que lá existem (vejam o separador Lugares) onde no caminho vimos mais Mumuilas e seguimos então, para o Ex-Libris daquela terra. A Serra da Leba. Não me irei adiantar muito aqui porque vou escrever sobre a Serra no separador Lugares mas deixem que vos diga, o lugar é espetacular e vale bem a pena a viagem. No regresso, acabámos por sair de Lubango já um pouco tarde e acabámos por fazer boa parte da viagem de noite. A viagem de regresso não correu muito mal, não porque a estrada não esteja em boas condições (tirando um buraco ou outro) mas o problema são os condutores que aqui, não fazem ideia o que é conduzir sem os máximos ligados. Muito complicado. Mas chegámos a Benguela bem e a excursão foi um sucesso e Lubango é, decididamente, um lugar a visitar.
Lodge Pululuka
 
Predio no Lubango




Abraços

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A Comporta

A paisagem é espetacular
Pois é meus amigos. Quando o trabalho o permite, vai-se dar uma voltinha para espairecer. Desta vez voltei à Comporta que fica na Catumbela. É sempre um passeio muito agradável e a zona, é muito fresca, cheia de verde, com o rio ao pé e a paisagem é de cortar a respiração.

Tem até outras benesses, arranjei uns amigos novos que me vão fornecer mamões quando eu quiser e são uns porreiros. E que me perdoe a esposa, acabei por conhecer duas novas amigas que andavam na lavra e que se mostraram muito simpáticas.

Malta porreira
Eles andam ai!


Novas amigas simpáticas


De resto, o local é riquíssimo em fruta, árvores gigantescas e um rio farto em peixe e outros bicharocos bons para ver ao longe. Além disso tem um pequeno canal a separar a estrada principal das pequenas povoações que cuidam das lavras que se podem visitar passando umas pontes um tanto ou quanto rudimentares.






Um passeio bem bonito, fresco e agradável no mínimo.

Um abraço a todos